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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pesquisas sobre marés


Os Astros influenciam nas marés.



Maré Lunar
As maiores marés sobre a Terra são causadas pela Lua. Em regra geral, quando a Lua se encontra o mais próximo possível do zênite de um local, ou diametralmente oposta, temos a maré alta. Quando a Lua se encontra a cerca de 90o dessa região, temos as marés baixas.O intervalo de tempo entre duas marés altas causadas pela Lua é de cerca de 12h25m. No mar, em locais afastados das costas, o desnível entre a maré alta e a maré baixa é de cerca de 1 m. Mas em baias fechadas esse desnível pode chegar a cerca de 20 m. 


Maré Solar 
Apesar de ter uma massa muito maior que a da Lua, o Sol exerce uma maré sobre a Terra, de cerca de 2,5 vezes menor do que aquela causada pela Lua. Isso se explica devido à grande distância entre o Sol e a Terra. Por causa do Sol, as marés altas de um local ocorrem por volta do meio-dia e da meia noite. 




Maré Luni-solar  
Devido à rotação da Terra e dos movimentos orbitais desta e da Lua, as marés vão ocorrendo cada dia em horários ligeiramente diferentes. O efeito combinado das marés causadas pela Lua e pelo Sol é chamado de maré luni-solar. Quando os três astros estão alinhados, ocorrem as marés de maior desnível (as mais altas e as mais baixas também) e essas marés são chamadas de marés de Sizígea. Elas ocorrem por volta das épocas de Lua Nova e Lua Cheia.  
Quando o Sol e Lua são vistos a 90o um do outro, ocorrem marés com menor desnível (marés não muito altas nem muito baixas) e são denominadas de marés de Quadratura. Elas ocorrem por volta da Lua Quarto Crescente e por volta da Lua Quarto Minguante. Pelo fato de as marés lunares serem mais intensas, o período principal entre duas marés altas (ou baixas) é muito próximo do período das marés lunares: 12h25m. 


Os oceanos influenciam os tipos de marés?




 E por último, mas não menos importante, temos o movimento das marés. Que nada mais é do que a contração e descontração do globo terrestre por causa da força gravitacional da Lua e do Sol, fazendo com que a haja o movimento de avanço e recuo das águas. Quando a maré avança ela é alta (preamar) e quando ela recua ela é baixa (baixa-mar), principalmente nos litorais.Os mares e oceanos fazem esse movimento, aproximadamente, de 6 em 6  horas. Quando a Lua se encontra completamente cheia, há a ocorrência de marés mais altas. O tipo de litoral  também influencia no movimento das marés.
        Os movimentos dos oceanos têm dupla ação nos litorais. Eles carregam sedimentos e materiais fragmentados retirados dos litorais de costões ou transportados do continente pelos rios e depositam em trechos de litorais baixos da costa, dando origem a restingas, tômbolos e cordões criando lagoas costeiras e alagadiços.
Fontes: 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtG6VOvWMdGSu2x3HzPORSxyJ5i6Pekr4tGKQTPU0Z8E94TuhqGIuy7Yotvfcn3PxsSIgOIwgj_8pkkczN1n0sOa-ROGpYBHGgcFbemZr1ulTZfk2h_BHXVuwirNqTw2A6lNdSqZhE5ys/s400/mar+morto.jpg&imgrefurl=http://biolgeol11.blogspot.com/2009/11/curiosidades-geologicas.html&
12/Set/2010 - 20:52
Marés Vivas
Texto de Nuno Crato
26/08/00 - in Expresso Revista

Com a Lua Nova da semana que entra, teremos marés mais fortes. Mas as marés vivas não chegam só em Setembro?

Quem está na praia observa diariamente a subida e descida das águas. As marés repetem-se com regularidade, mas chegam todos os dias uns 48 minutos mais tarde do que no dia anterior. O que provoca a subida e descida das águas e faz com que haja marés vivas e marés mortas?

Seleuco (365-283 a.C.), dito o Babilónico - um sábio grego que teve a vantagem de viver nas margens do Mar Vermelho, onde as marés são mais amplas -, reparou que o seu período coincidia, embora com certo atraso, com o período da Lua. Tal como o nosso satélite demora cerca de 24 horas e 48 minutos entre duas passagens consecutivas pelo meridiano do lugar, assim o ciclo das marés se repete com um período de 24 horas e 48 minutos. Outros sábios da Antiguidade verificaram a mesma coincidência, pelo que atribuíram à Lua a origem das marés. Plínio o Velho (23-79 d.C.), um dos naturalistas mais importantes da Antiguidade, dizia claramente que "a causa reside no Sol e na Lua" e explicava, correctamente, que as diferenças de amplitude das marés derivam das diferentes posições relativa desses dois astros. Os antigos não podiam explicar a causa dessa influência - pois faltava-lhes o conhecimento da Lei da Atracção Gravitacional -, mas sabiam descrever o comportamento das águas e relacioná-lo com o movimento dos astros.

Já nos séculos XV e XVI, quando o conhecimento das marés atlânticas e do Índico se tornavam essenciais à navegação, o interesse pelo seu estudo redobrou. Nesses oceanos, a oscilação periódica dos níveis do mar ultrapassa facilmente os três e quatro metros, muito mais do que o meio metro que, quanto muito, se regista em alguns pontos do Mediterrâneo. Para a navegação costeira e para as entradas em enseadas e portos, os navegadores precisavam de saber calcular as alturas das águas. Os portugueses e outros exploradores aplicaram e desenvolveram algumas regras práticas, com as quais estimavam os momentos de maré alta e baixa em qualquer ponto do mundo. Duarte Pacheco Pereira (c. 1460-1533), por exemplo, referia que "o conto do curso da Lua", ou seja, o tempo decorrido desde o momento de Lua Nova, "é necessário para, por ele, sabermos o encher ou vazar do mar". Sabendo a "idade da Lua" sabia-se também em que altura do dia as marés se levantariam.

Os europeus cultos da época não só não duvidavam da influência determinante da Lua como tinham a intuição, já expressa por Plínio o Velho, de que haveria alguma atracção celeste a explicar o levantamento das águas. Em 1555, o padre Fernando Oliveira (1507-c. 1585), autor de uma notável "Arte da Guerra no Mar", dizia que "parece o mar que sorve suas águas e as torna a lançar, como um corpo sorve e lança fôlego quando ofega, isto tão a ponto com a Lua, que faz entender que dela depende este seu movimento". E acrescentava, referindo-se ainda às águas, que a Lua "parece que as traz para si". A obra deste original pensador português, várias vezes preso pela Inquisição, lança ainda luz sobre outros aspectos das marés, mostrando um conhecimento muito avançado da sua complexa dinâmica.

Quase 100 anos mais tarde, no entanto, Galileo Galilei (1564-1642) retrocede no estudo das marés, no que constitui certamente o maior equívoco científico da sua extraordinária carreira. Galileo tinha destruído o sistema ptolemaico do Universo, ao mostrar que Júpiter tinha satélites, que Vénus tinha fases, que a Lua tinha montanhas e o Sol manchas. O universo não podia pois ter um centro único; Vénus orbitava em torno do Sol; os corpos celestes eram tão naturais e tão pouco perfeitos como a Terra. Mas faltava ao grande cientista italiano a prova definitiva de que a Terra orbitava o Sol, ideia certamente contrária à intuição e pouco querida pelos teólogos.

Em 1632, ao publicar o "Diálogo sobre os Dois Grandes Sistemas do Mundo", Galileo apresentou o que julgava ser a prova definitiva que lhe faltava: uma nova teoria das marés, que seriam provocadas precisamente pela conjugação dos movimentos de rotação e de translação da Terra. Seriam esses movimentos do nosso planeta que lançariam as águas em fluxo e refluxo, conforme o sentido de rotação de um ponto da superfície do mar coincidisse com o da translação da Terra ou o contrariasse. Galileo apresentou brilhantemente os seus argumentos, mas eles eram pouco convincentes e sabe-se hoje que falsos. Ao contrário dos argumentos baseados na observação telescópica dos astros, que foram confirmados pelos astrónomos jesuítas do Colégio Romano, a explicação das marés enredou Galileo num círculo vicioso difícil de sustentar. A posterior condenação de Galileo pela Inquisição, em 1633, não foi motivada nem pode ser desculpada pelo seu erro, mas é verdade que a sua "prova definitiva" tinha falhado.

No ano em que Galileo morre, nasce um outro génio da ciência: Isaac Newton (1642-1727). O cientista inglês descobriu que é a força da gravitação que mantém a Terra em órbita do Sol e a Lua em órbita da Terra, e percebeu que estes astros se atraem mutuamente. Explicou as marés pela atracção que a Lua e o Sol exercem sobre a superfície terrestre, e que é maior, pela Lei da Gravitação Universal, em pontos da superfície situados mais perto da Lua e do Sol.

A força da Lua é preponderante, dada a sua maior proximidade, mas o Sol também influencia o movimento das águas. Quando os dois astros se encontram alinhados, o que corresponde às fases de Lua Nova ou de Lua Cheia, as forças de maré são maiores: são as ditas "marés vivas". Quando se encontram em quadratura, com a Lua em Quarto Crescente ou Decrescente, as marés são mais fracas e são, por vezes, chamadas "marés mortas". Na terça-feira da semana que entra, a Lua alcançará a fase de Nova. Começam as marés vivas. Ao contrário do que por vezes se diz, elas não esperam por Setembro. Na realidade, surgem aproximadamente de duas em duas semanas, sempre que a Lua e o Sol estão alinhados. Daqui a 15 dias, por altura de Lua Cheia, teremos de novo marés vivas. Voltaremos então a falar de marés.
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